Claves para curar una industria en estado grave

Chaves para curar uma indústria em estado grave

Transcrição da nota El Cronista, de Ezequiel Kiezckier, sócio Olivia

Todos os participantes da indústria da saúde parecem concordar que o sistema está em crise, com margens operacionais cada vez mais escassas. Paradoxalmente, um segmento que lida com a cura conseguiu fazer um diagnóstico sobre si mesmo, mas até agora não conseguiu implementar o tratamento adequado.

Por enquanto, as organizações do setor precisam trabalhar em três grandes eixos de mudança.

A primeira é uma maior eficiência, não apenas em termos de otimização de processos baseada em suporte tecnológico. Como contexto, é importante saber que a prática médica avança muito mais rapidamente do que a capacidade de adaptação das organizações (que, no setor da saúde, é ainda mais lenta do que outras indústrias), e é comum ver que surge algum tratamento novo, que o profissional aplica, mas que, devido a essa falta de flexibilidade, a clínica não está em condições de monetizar.

O segundo eixo é o da transformação digital além da eficiência. Ou seja, como gerar valor com o uso de tecnologias disruptivas, como melhorar a experiência do paciente e como usar o Big Data para otimizar o modelo de tomada de decisão de médicos e organizações em geral. Ou seja, acreditamos que o desafio de transformar a indústria da saúde não tem apenas médicos como protagonistas, mas também todos os atores que intervêm no processo de suporte organizacional.

O terceiro foco é a mudança cultural subjacente: é hora de as organizações do setor entenderem que não há escolha entre salvar vidas e ganhar dinheiro, mas pelo contrário: que aqueles que conseguirem fazer as duas coisas simultaneamente serão os vencedores deste mercado. É possível trabalhar com humanidade e compaixão sem perder o senso de eficiência. Para que isso se torne uma realidade, é imperativo mudar o modelo pelo qual o pessoal médico e de assistência e o administrativo e administrativo trabalham em dois mundos completamente divorciados. Ambos os “universos” devem atuar de forma integrada na busca do significado e propósito da organização como um todo.

A passagem da teoria para a realidade não está longe. Vemos no segmento de saúde algumas tendências de curto prazo e outras tendências de longo prazo associadas a esses três eixos. No horizonte mais próximo, prevê-se uma orientação das instituições de saúde para a experiência do paciente, um maior investimento na prevenção em detrimento da intervenção, a aplicação de big data orientado, de modo a obter a máxima precisão (e, consequentemente, as decisões mais precisas), em áreas que antes dependiam de cálculos estatísticos, como erros de práxis ou infecções intrahospitalarias.
Em relação à segunda tendência, ela é baseada nos resultados experimentados pelo sistema de saúde espanhol, que mostrou que é muito mais barato e muito mais eficiente melhorar a qualidade de vida de um paciente saudável do que curar uma pessoa doente. Em um país como a Argentina, onde 15 milhões de pessoas não têm cobertura de saúde, essa mudança pode ter um impacto enorme.

Outra tendência de curto prazo é aderir a padrões internacionais como Joint Commision, por exemplo, um tipo de ISO no setor de Saúde, que especifica quantas vezes cada profissional deve lavar suas e até mesmo o estado em que as instalações deveriam estar.

Outras tendências de médio e longo prazo também aparecem, como a digitalização e a incorporação da inteligência artificial no diagnóstico (hoje existem ferramentas, como a inteligência artificial aplicada),que permitem diagnosticar com mais precisão do que um médico, graças ao fato de que ele aprende, melhora e tem uma base de informações global, ou o surgimento de investimentos públicos-privados mistos no setor. Este último representa o primeiro passo conceitual para alcançar uma verdadeira virada no segmento, uma forma de repensar o setor.

A boa saúde pública não se reflete no volume de atendimento ou nos números da cobertura previdenciária: o que importa é a gestão eficiente do tempo, o investimento na promoção da saúde, a prevenção de doenças e em qualidade de atendimento. Quando pensamos em nível nacional, o mais importante não é quantas pessoas doentes poderiam ser tratadas, mas que porcentagem da população consiga se manter saudável.

Se você está interessado neste tema. Quer que entremos em contato com você para resolvermos juntos?