Estamos na reta final do ano, é hora de fazer um balanço. Como responsáveis pelos negócios, vocês implementaram iniciativas de transformação e inovação em suas organizações? No caso de já estarem em andamento, é hora de avaliar sua eficácia e medir seu impacto. Caso contrário, se não for medido, é difícil progredir e os resultados podem não atender às expectativas.
O paradigma de ter "muita iniciativa e pouca conclusão", é comum em muitas organizações. Quantas iniciativas foram lançadas e quantas foram concluídas com sucesso? Essa pergunta nos leva a considerar a evolução, com que rigor esses processos foram realizados e se existe uma metodologia clara.
A complexa conjuntura atual, marcada por eventos globais como o nearshoring, os conflitos bélicos e geopolíticos, destaca a necessidade de uma constante adaptação e recalibração por parte daqueles que tomam decisões em suas organizações.
No entanto, muitas vezes, a maior demanda de responsabilidades e tarefas diárias pode dificultar a criação de espaços que promovam a análise e a divergência necessárias entre as equipes para alinhar e alcançar resultados diferentes.
Por isso, é crucial que as empresas se acostumem a conviver com desafios, priorizando metodicamente aqueles que exigem uma abordagem diferente para direcionar os esforços de maneira alinhada às soluções que gerem o impacto desejado.
Para alcançar essa clareza e poder avaliar e medir as iniciativas, a metodologia de Creative Problem Solving (CPS) junto com o uso de análise de dados (Inteligência Artificial e Machine Learning) é uma bússola que acelera os caminhos. Através de sete passos, ela se baseia em um equilíbrio dinâmico entre pensamento divergente e convergente que transforma ideias em soluções e soluções em resultados mensuráveis.
Qualquer organização pode aplicar esta forma de trabalho entre seus managers e equipes, para sua implementação só é preciso levar em conta os "4 Ps da criatividade": Pessoa, Place (clima), Processo e Produto:
- A pessoa desempenha um papel fundamental, pois é necessário ter facilitadores de inovação e equipes multidisciplinares com uma atitude aberta para os desafios.
- O ambiente é essencial, fornecendo um espaço de confiança propício para a comunicação aberta que leva a novas perspectivas e conexões de novas possibilidades.
- É fundamental ter uma metodologia clara e definida que guie desde a identificação correta do problema até a idealização e implementação.
- Finalmente, o produto, os atributos que realizam algo criativo.
É fundamental que os líderes de negócios compreendam a importância de adotar uma abordagem ambidestra. Embora seja necessário continuar com as operações diárias, também é preciso investir no desenvolvimento para potencializar as equipes, capacitando cada pessoa e aproveitando o mais valioso de cada uma por meio de sua experiência e ideias. Ao mesmo tempo, esse envolvimento se reflete em maior comprometimento e menor rotatividade nas equipes.
Ao refletir sobre o ano que está concluindo, lembremos que a criatividade é uma habilidade inata. Em alguns workshops, pergunto às pessoas quem se considera criativo. Curiosamente, muito poucas levantam a mão, mesmo sendo muito jovens. A resposta mais comum é "depende da área".
Mas devemos potencializar que a criatividade seja aplicada em todos os aspectos da vida e a todo momento. Quanto mais a exercitarmos, como ocorre com um músculo, mais eficazes seremos em encontrar soluções que acelerem a transformação.
O fechamento do ciclo de final de ano não deve ser apenas uma avaliação de conquistas, mas também uma plataforma de análise para traçar o caminho em direção a um futuro mais inovador e transformador. Ao adotar metodologias, as organizações podem medir os resultados com o acompanhamento das equipes em suas iniciativas, alcançando realizações concretas, garantindo um saldo positivo que nos permita oferecer e celebrar mais um ano.
Por Irene Marqués, sócia da OLIVIA México